segunda-feira, 20 de junho de 2011

UM POUCO DA CULTURA NORDESTINA!

Recebi um e-mail que me identifiquei muito. Percebi que eu falo o nordestinês que nem percebo Visse...

NO NORDESTE, FALAMOS ASSIM

Há diferenciação

Porque cada região

Tem seu jeito de falar

O Nordeste é excelente

Tem um jeito diferente

Que a outro não se iguala

Alguém chato é Abusado

Se quebrou, Tá Enguiçado

É assim que a gente fala

Uma ferida é Pereba

Homem alto é Galalau

Ou então é Varapau

Coisa inferior é Peba

Cisco no olho é Argueiro

O sovina é Pirangueiro

Enguiçar é Dar o Prego

Fofoca aqui é Fuxico

Desistir, Pedir Penico

Lugar longe é Caixa Prego

Ladainha é Lengalenga

E um estouro é Pipoco

Botão de rádio é Pitoco

E confusão é Arenga

Fantasma é Alma Penada

Uma conversa fiada

Por aqui é Leriado

Palavrão é Nome Feio

Agonia é Aperreio

E metido é Amostrado

O nosso palavreado

Não se pode ignorar

Pois ele é peculiar

É bonito, é Arretado

E é nosso dialeto

Sendo assim, está correto

Dizer que esperma é Gala

É feio pra muita gente

Mas não é incoerente

É assim que a gente fala

Você pode estranhar

Mas ele não tem defeito

Aqui bombom é Confeito

Rir de alguém é Mangar

Mexer em algo é Bulir

Paquerar é Se Enxerir

E correr é Dar Carreira

Qualquer coisa torta é Troncha

Marca de pancada é Roncha

E a caxumba é Papeira

Longe é o Fim do Mundo

E garganta aqui é Goela

Veja que a língua é bela

E nessa língua eu vou fundo

Tentar muito é Pelejar

Apertar é Acochar

Homem rico é Estribado

Se for muito parecido

Diz-se Cagado e Cuspido

E uma fofoca é Babado

Desconfiado é Cabreiro

Travessura é Presepada

Uma cuspida é Goipada

Frente da casa é Terreiro

Dar volta é Arrudiar

Confessar, Desembuchar

Quem trai alguém, Apunhala

Distraído é Aluado

Quem está mal, Tá Lascado

É assim que a gente fala

Aqui, valer é Vogar

E quem não paga é Xexeiro

Quem dá furo é Fuleiro

E parir é Descansar

Um rastro é Pisunhada

A buchuda é Amojada

O pão-duro é Amarrado

Verme no bucho é Lombriga

Com raiva Tá Com a Bixiga

E com medo é Acuado

Tocar de leve é Triscar

O último é Derradeiro

E para trocar dinheiro

Nós falamos Destrocar

Tudo que é bom é Massa

O Policial é Praça

Pessoa esperta é Danada

Vitamina dá Sustança

A barriga aqui é Pança

E porrada é Cipoada

Alguém sortudo é Cagado

Capotagem é Cangapé

O mendigo é Esmolé

Quem tem pressa é Avexado

Sandália é Alpercata

A correia, Arriata

Sem ter filho é Gala Rala

O cascudo é Cocorote

E o folgado é Folote

É assim que a gente fala

Perdeu a cor é Bufento

Se alguém dá liberdade

Pra entrar na intimidade

Dizemos Dar Cabimento

Varrer aqui é Barrer

Se a calcinha aparecer

Mostra a Polpa da Bunda

Mulher feia é Canhão

Neco é pra negação

Nas costas, é na Cacunda

Palhaçada é Marmota

Tá doido é Tá Variando

Mas a gente conversando

Fala assim e nem nota

Cabra chato é Cabuloso

Insistente é Pegajoso

Remédio aqui é Meisinha

Chateado é Emburrado

E quando tá Invocado

Dizemos Tá Com a Murrinha

Não concordo, é Pois Sim

Estou às ordens, Pois Não

Beco do lado é Oitão

A corrente é Trancilim

Ou Volta, sem o pingente

Uma surpresa é, Oxente!

Quem abre o olho Arregala

Vou Chegando, é pra sair

Torcer o pé, Desmintir

É assim que a gente fala

A cachaça é Meropéia

Tá triste é Acabrunhado

O bobo é Apombalhado

Sem qualidade é Borréia

A árvore é Pé de Pau

Caprichar é Dar o Grau

Mercado é Venda ou Bodega

Quem olha tá Espiando

Ou então, Tá Curiando

E quem namora Chumbrega

Coceira na pele é Xanha

E molho de carne é Graxa

Uma pelada é um Racha

Onde se perde ou se ganha

Defecar se chama Obrar

Ou simplesmente Cagar

Sem juízo é Abilolado

Ou tem o Miolo Mole

Sanfona também é Fole

E com raiva é Infezado

Estilingue é Balieira

Prostituta se diz Quenga

Cabra medroso é Molenga

O baba-ovo é Chaleira

Opinar é Dar Pitaco

Axila é Suvaco

Se o cabra for mau, é Mala

Atrás da nuca é Cangote

Adolescente é Frangote

É assim que a gente fala

Lugar longe aqui é Brenha

Conversa besta, Arisia

Venha, ande, é Avia

Fofoca é também Resenha

O dado aqui é Bozó

Um grande amor é Xodó

Demorar muito é Custar

De pernas tortas é Zambeta

Morre, Bate a Caçuleta

Ficar cheirando é Fungar

A clavícula aqui é Pá

Um mal-estar é Gastura

Um vento bom é Frescura

Ali, se diz, Acolá

Um sujeito inteligente

Muito feio ou valente

É o Cão Chupando Manga

Um companheiro é Pareia

Depende é Aí Vareia

Tic nervoso é Munganga

Colar prova é Filar

Brigar é Sair no Braço

Lombo se diz Espinhaço

Matar aula é Gazear

Quem fala alto ou grita

Pra gente aqui é Gasguita

Quem faz pacote, Embala

Enrugado é Ingilhado

Com dor no corpo, Engembrado

É assim que a gente fala

O afago é Alisado

Um monte de gente é Ruma

Quer saber como, diz Cuma

E bicho gordo é Cevado

A calça curta é Coronha

Sujeito leso é pamonha

Manha aqui é Pantim

Coisa velha é Cacareco

O copo aqui é Caneco

E coisa pouca é Tiquim

Mulher desqualificada

Chamamos de Lambisgóia

Tudo que sobra é de Bóia

E muita gente é Cambada

O nariz aqui é Venta

A polenta é Quarenta

Mandar correr é Acunha

Azar se chama Quizila

A bola de gude é Bila

Sofrer de amor, Roer Unha

Aprendi desde pivete

Que homem franzino é Xôxo

O cara medroso é Frouxo

E comprimido é Cachete

Olho sujo tem Remela

Quem não tem dente é Banguela

Quem fala muito e não cala

Aqui se chama Matraca

Cheiro de suor, Inhaca

É assim que a gente fala

Pra dizer ponto final

A gente só diz: E Priu

Pra chamar é Dando Siu

Sem falar, Fica de Mal

Separar é Apartá

Desviar é Ataiá

E pra desmentir é Nego

Se estiver desnorteado

Aqui se diz Ariado

E complicado é Nó Cego

Coisa fácil é Fichinha

Dose de cana é Lapada

Empurrar é Dar Peitada

E o banheiro é Casinha

Tudo pequeno é Cotoco

Vigi! Quer dizer, por pouco

Desde o tempo da senzala

Nessa terra nordestina

Seu menino, essa menina,

É assim que a gente fala.”


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